sexta-feira, 15 de julho de 2016

A Maldição do Vencedor - Marie Rutkoski





Kestrel é a filha do grande general de Valória. Um tanto rebelde, não quer escolher entre suas duas únicas opções: servir o exército junto a seu pai ou casar-se e constituir família. Os valorianos invadiram Herran e agora todo herrani é escrevo de Valória. As coisas começam a mudar quando impulsivamente, numa visita ao mercado junto a sua amiga, Kestrel resolve gastar uma pequena fortuna na compra de um escravo herrani. Nem mesmo ela sabe porque fez isso, logo ela que libertou a escrava que foi sua ama quando pequena. Agora Arin faz parte dos escravos do general e começa a trabalhar na forja, consertando armas e fabricando novas. Mas Arin tem seus segredos, sabe falar perfeitamente o valoriano, apesar de tentar esconder isso e tem modos e conhecimentos que não fariam parte do conhecimento de um escravo comum. Arin é um espião e aproveita seu trabalho na forja para fabricar armas para seus aliados para quem as entrega em segredo. Mas o que ele não esperava acontece. Um certo interesse começa a transparecer tanto nele como em Kestrel, em relação um ao outro. A maior ambição de Kestrel é tocar piano e Arim gosta de música, mas isso fazia parte da cultura herrani, então tocar música é para escravos não para valorianos. No tradicional jogo de Picar e Morder dos valorianos Arin e Kestrel começam a descobrir segredos um do outro... Como se desenrolará essa trama? Kestrel vai se apaixonar por Arin? Arin vai trair a confiança de Kestrel? Ou Kestrel será capaz de trair e enfrentar seu pai e seus amigos para lutar ao lado de Arin pela liberdade de um povo?



Os herrani se rebelaram e tomaram a cidade quando a maior parte do exército tinha se deslocado para as fronteiras orientais. Muitos valorianos morreram, inclusive amigos de Kestrel que foram envenenados no Baile de Primeiro Inverno (não entendi a necessidade disso, mas tá). Kestrel foi salva graças a Arin, mas não ficou nada agradecida por ter sido usada e traída e claro ter tido vários amigos e conhecidos mortos. Milagrosamente Ronan se salvou, pois não tomou o vinho envenenado (provavelmente porque estava chateado com o fora de Kestrel) e sua amiga Jess sobreviveu mais ou menos ao veneno. Kestrel foi feita prisioneira, mas apesar de ser bem tratada por Arin que na verdade a ama apaixonadamente, ela se rebela contra ele. Apesar dele fazer tudo por ela, pedir perdão pelo que aconteceu e mostrar que a ama apesar de tudo, Kestrel foge para a capital. Mas isso foi possível porque Arin a deixou ir. No fundo ele sabia que mais cedo ou mais tarde a capital descobriria a revolução e provavelmente não sobraria ninguém em Herran, então ele a deixou ir para que sobrevivesse. No fim ela foi responsável pela sobrevivência de Herran, mas a que preço. Essa história mostra bem como as pessoas tem dificuldade de empatia pelos outros, de se colocar no lugar das outras pessoas. Eu entendo que Kestrel tenha sido usada e enganada para que a revolução se fizesse, mas ela ficar contra Arin por causa disso é demais, afinal os valorianos eram os invasores, o herrani só fizeram retomar o que era deles. O feitiço virou contra o feiticeiro e Kestrel não gostou de provar do seu próprio remédio. Qual povo inteligente com uma rica cultura se conformaria em ser escravizado em seu próprio país? Ela pode ficar triste e revoltada com a morte dos amigos e a perda do poder, mas nunca culpar os herrani por quererem ser livres!


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